6 de abr. de 2019

Reforma da Previdência sem referendo é golpe!


Parem de brigar por conta de 1964, onde houve, sim, golpe e ditadura. Preocupante - e a ele não estamos nos atentando - é o golpe que está se dando agora, em 2019, com a privatização do Estado. Infelizmente, a mídia, perdida em suas redações partidarizadas, não ouve a voz das ruas. Ouvisse, saberia que ao povo não interessa se nazismo é de direita ou esquerda, se Vélez e Damares existem ou não, et escambau. As pessoas querem saber onde estão os empregos, a assistência médica, a polícia para espantar os bandidos e detonar traficantes (cansou de esperar e viu que o Judiciário inexiste). E querem saber como vai ficar o fim da vida, pois também está em conluio um golpe fatal nas suas aposentadorias.

Em conluio e em curso. O presidente traz a reforma, o Congresso a aprova e ao povo restará apenas o papel de vítima nessa tragédia. Antes de qualquer ato reformista, é preciso que o Congresso estabeleça que A EMENDA DA REFORMA SÓ SERÁ PROMULGADA APÓS O SEU TEXTO FINAL SER SUBMETIDO A REFERENDO

Traduzindo: a reforma só vai valer se o povo for consultado, indo às urnas para dizer SIM  ou NÃO ao que esses senhores pretendem. Afinal, a emenda vai mexer com a vida de todos os brasileiros e os  nossos parlamentares, pela má fama de sua maioria, não têm legitimidade para representar o interesse de 200 milhões de brasileiros. Deputadinho e senadorzinho que trocam votos por liberação de emendas ou cargos públicos, não podem sequer se insinuar donos do direito de falar em nome dos seus eleitores. Ali, pesam, sim, os seus interesses, não os da Nação.

Os antevejo escalando a pirâmide das suas arrogâncias e alardeando os seus poderes: o que decidirmos estará feito e pronto. Avisemos aos senhores do escambo que não é assim, não. O povo é soberano e precisa ser consultado. É o dono do interresse e pelo direito dele ser ouvido nós temos que lutar. 

Mas, pelo que vemos, lemos e ouvimos, NINGUÉM está preocupado com isso. NINGUÉM. Nem a imprensa, que, aliás, não observa e, se o faz, não diz, que o nosso governo está sendo privatizado, que os nossos bancos oficiais estão sendo tirados do circuito, com o predomínio dos bancos privados em tudo etc. Já li sobre Bradesco Privatização FGTS - Petrobras, e, também, sobre o apetite dos não poucos bancos de capitalização, todos de olho na reforma da Previdência. 

Curiosamente, um deles é o BTG Pactual, que já atua no Chile, onde impuseram reforma similar à que pretendem aqui. Ainda curiosamente, boa parte dos canais a que assisto na TV tem exibido suas propagandas comerciais. Também curiosamente, este banco, que nasceu em 1983, foi fundado pelo hoje ministro de Economia e Fazenda, Paulo Roberto Nunes Guedes. 

P. S. - Privatizar, mas com transparência, sem dano ao essencial. Mas com transparência absoluta. E cabe alerta último aos nossos deputados e senadores: reforma previdenciária sem referendo é golpe. 

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