6 de mai. de 2019

Materno Infantil: saudade do bom jornalismo


Interessante. Até dezembro, ninguém apontou, em jornais e tevês, a calamitosa situação do Hospital Materno Infantil de Goiânia. E nem quem acaba de interditá-lo ali esteve antes da mudança de governo. Tivesse estado, teria baixado a interdição; se esteve e não o fez, prevaricou.

O ato tem odores políticos, pois aquilo que se vê nas telinhas e nos jornais não aconteceu de 1° de janeiro para cá. É herança maldita. É o que deveria ter sido registrado, dever óbvio, quando se faz jornalismo com seriedade.

No dia da posse, o governador Caiado lá esteve e outras vezes voltou. Conheceu os estragos e tem se empenhado na busca de soluções, não tão fáceis, dada a situação financeira com que recebeu o governo.

Os fatos estão acima de opiniões calçadas em explícito oportunismo e de críticas com inescondível teor de politiquice. Tivesse recursos disponíveis, o governador que, antes do político, é médico, já teria, com certeza, adotado as providências que o caso requer. E não só ali, também em outras áreas, pois recebeu terra arrasada das mãos de antecessores irresponsáveis. 

Querer que ele resolva, em quatro meses, o vintênio de desmontagem do Estado, é subir na tribuna  da leviandade.

P.S. - Ao não pagar dezembro, cediça culpa do adversário, errou o governador Caiado. Pagar janeiro e alegar que, no seu governo, não houve atraso de salários é tergiversar. Não existe governo de fulano e meu governo. Há o Governo de Goiás e é ele o devedor. Cabe ao gestor solver pendências. Tivesse seguido o calendário, teria se poupado de tão desnecessário desgaste.