10 de jun. de 2019

Coisas da Terra do Nunca, do Capitão Gancho...


Neverland. Terra do Nunca. Este o Brasil, terra do nunca… vai para frente. E nem poderia, pois, os homens que aqui mandam e decidem o fazem em prol de seus interesses, quase sempre inconfessos. Até Moro, o intocável, teve exposta, agora, a sua tocabilidade.

O Congresso, sabe-se, é movido a propinas - ocupação de ministérios, nomeações de apaniguados, além da corrupção legalizada chamada "emenda orçamentária". É o toma lá dá cá, ou a leitura deturpada de verso da oração de Francisco de Assis, aquela do "é dando que se recebe", cabível tanto a prostitutas quanto a parlamentares.


Na Câmara, a reforma da previdência, com a sua apreciação prevista para esta terça, depende, ainda, de conversa com os governadores. Deixar Estados e Municípios fora da mudança de regras será condená-los à extinção.


Na carranca deste navio abarrotado de escândalos e sujeiras, aparece aquele que deveria ser a água pura para manter limpa a nossa democracia: o Judiciário. Sabemos, hoje, bem mais do que ontem, que cega é a deusa Themis, com a sua (só ali) equilibrada balança, pois enxergam muito (e bem longe) os não poucos senhores e senhoras da confraria dos corvos - pseudos deuses de capa preta, que se colocam acima dos homens e das leis. Seres tão especiais que, até quando são pegos em corrupção, gozam do privilégio da aposentadoria compulsória, mantendo os seus sempre polpudos vencimentos.

Para nós, cadeia. Para juízes safados, mega sena parcelada, até que a morte deixe aos dependentes o seu usufruto. Até quando?


P.S. - Aposentados compulsoriamente pelo Conselho Nacional de Justiça, 47 magistrados e até um ministro do STJ tiveram um rendimento bruto de cerca de R$10 milhões em seis meses. Lalaus que perderam os cargos, por venda de sentença, desvio de recursos, tráfico de influência etc.. Se somos nós… Coisas da Terra do Nunca, do Capitão Gancho....