9 de jul. de 2025

Nem raposas, nem galinhas. É hora de povo nas ruas

A economia brasileira tenta dar sinais de vida. O PIB cresceu acima do esperado em 2024, o agronegócio mantém seu vigor e o consumo das famílias ainda sustenta parte da atividade. Mas há um teto sombrio visível sobre esse crescimento — e ele se chama Congresso Nacional.

O Brasil precisa urgentemente de reformas estruturais. Uma reforma tributária ampla e justa, que simplifique impostos e destrave investimentos. Uma reforma administrativa, que reduza privilégios e torne o Estado mais eficiente. E uma reforma política, que diminua a fragmentação partidária e acabe com a indústria das emendas e do toma-lá-dá-cá.

Mas nada disso anda. E o motivo é simples: os responsáveis por mudar o sistema são justamente os que se beneficiam dele.

No Congresso, o jogo é outro. O foco não é o país — é o próprio mandato. Em vez de discutir o Brasil do futuro, discutem-se verbas, cargos, emendas bilionárias e disputas de poder. O sistema premia o clientelismo e penaliza quem ousa desafiar o status quo.

Enquanto isso, o país cresce pouco, com juros altíssimos, inflação resistente, indústria sufocada e serviços públicos que não entregam o básico. O setor produtivo segue engessado. O investidor hesita. E o povo espera.

O Brasil não precisa de mais discursos. Precisa de ação. E para isso, é preciso coragem política — e pressão popular.

Porque não haverá um novo Brasil sem um novo Congresso. E isso começa no voto — mas também na vigilância, na cobrança e na mobilização da sociedade.

Povo que não se mexe se confessa satisfeito. As coisas não podem continuar como estão. É hora de ir às ruas, não por falsos líderes, mas pelo Brasil.


17 de fev. de 2022

"Urbanicídio": a AGM precisa prevenir o interior

 Para que as cidades do interior não cresçam sem planejamento e de forma desordenada, como se dá na Capital, é de vital importância que ações preventivas sejam adotadas imediatamente. 





16 de fev. de 2022

A balada dos urbanicidas

A esperança salvadora é o veto do prefeito Rogério Cruz. Espera-se que prevaleça o bom senso e que o pacote da eutanásia de Goiânia, aprovado pela Câmara Municipal, seja devolvido. Está nas mãos do prefeito evitar este urbanicídio.



Os arautos do dejetório


A coluna de hoje vai no compasso binário, onde estultos se arvoram em donos da cidade, arrotando xenofobia e moralismo expelido pelos poros de suas ignorâncias. Apiedo-me dos tais. Sei que o mal não está comigo. São imbecis.

Caso 01 - Recebi mensagens questionando: "Você mora em Catalão. Por que se mete nas coisas de Goiânia?". Simples: porque sou cidadão goianiense. E também tenho residência aí. E porque, como jornalista, fiz mais por esta cidade do que muitos que teriam a obrigação de fazê-lo, inclusive vereadores. Eu e os meus amigos e companheiros de "Goiânia Urgente" ajudamos a fazer essa cidade melhor. Demos vez e voz aos seus cidadãos. E só não moro aí porque não consigo. Acabaram com a cidade, com a qualidade de vida, com a beleza. Mataram as flores, liberaram edificações de forma desregrada. A especulação imobiliária continua mandando e desmandando na vida da nossa Capital. Os seus agentes a constroem, destruindo. Enriquecem, matando-a. Não há controle nas edificações. A cidade não anda. Não tem como andar. Um carro por habitante. Há muito lixo. Há pouca segurança. Estou sempre aí, mas vivo em Catalão e o motivo é um só: aqui tenho o que está em extinção aí: a qualidade de vida.

Ainda sobre o "você mora em Catalão, por que se mete aqui", indago: se você mora aí, porque se mete nas coisas, por exemplo, do país? Ah, porque você é brasileiro. Eu também sou. O mesmo direito que você tem de falar do Brasil, eu tenho o de falar de Goiânia. Aí é o Brasil onde vivi, onde tenho residência, onde nasceram as minhas filhas e a maioria dos meus netos.

Falo, sim, dos crimes contra Goiânia. Discordo dos vereadores pelas lambanças que fizeram e fazem, agindo em defesa de interesses outros, longe do interesse público. Há, na Câmara, gente boa, qualificada, mas a maioria já se mostrou nas raias da incompetência, do desconhecimento, transpirando interesses inconfessos. Mas, tal qual o cágado sobre a árvore, estão ali porque foram colocados. Infelizmente, ao longo da história, o eleitor tem sido o maior crime eleitoral.

Caso 02 - Outro pergunta o que tenho contra o prefeito. Nada, oras. Discordar não é ser contra o cidadão circunstancialmente prefeito.. Discuto ideias, não debato pessoas. Disse ao Tony Carlo, amigo e grande jornalista e que é o secretário de Comunicação do Paço, que espero do prefeito Rogério Cruz o veto aos pontos dissonantes do Plano Diretor de Goiânia, pois há ali autorizações absurdas que levarão a cidade ao imobilismo e à perda da sua alma, restando como selva de pedra, sem vida, com cimento correndo em suas veias. 

É o que, morando em Catalão, ou em Londres, Quixeramobim, Nova Iorque, Faina ou Arapiraca, espero do prefeito de Goiânia. Ele pode - e seria justo se o fizesse - dar uma repaginada no novo Código Tributário da Capital, revendo IPTU/ITU, e vetar as cláusulas abusivas do novo PDG, aprovadas pela maioria dos vereadores - a mesma maioria que disse não, quando se propôs que fosse ouvido o povo. 

A quem interessar possa. Jornalista não tem que estar contra e nem a favor de nada. Tem apenas que expor os fatos como eles são. Eu o tenho feito ao longo de 59 anos. A Câmara de Goiânia errou vergonhosamente contra o povo. O prefeito do mesmo modo errará, se não vetar os crimes contra a cidade contidos no malfadado plano diretor. O goianiense ficará grato. Eu também.

  


15 de fev. de 2022

A balada dos infiéis 02

 A esperança é a de que o prefeito Rogério Cruz, em nome da vida da cidade, da moral e dos bons costumes, vete uma lei que matará Goiânia a médio prazo. Aperte o play.



14 de fev. de 2022

A balada dos infiéis


Após a subserviência no abusivo aumento do IPTU, mais uma vez a Câmara Municipal de Goiânia legisla contra o goianiense. Aprovou um Plano Diretor para a cidade e o fez sem sequer ouvir ouvir os cidadãos que pagam os seus subsídios e verbas complementares. É sobre isso o que vou conversar com você.



 

9 de dez. de 2021

Síndrome da China?

O governo de Joe Biden promove, hoje (9) e amanhã (10), a Cúpula pela Democracia Virtual, para a qual foram convidados representantes de mais de 100 governos, assim como ativistas, jornalistas, líderes do setor privado e outros membros de destaque da sociedade civil. Por conta da pandemia, as reuniões serão realizadas remotamente.

A ideia é que a cúpula sirva de plataforma para que os líderes "assumam novos compromissos, reformas e iniciativas" sustentadas por três pilares: a defesa da democracia contra o autoritarismo, a luta contra a corrupção e o respeito aos direitos humanos.

É um encontro sobre democracia, só que nada democrático. Mr. Biden deixou de fora alguns países importantes, casos da China, Rússia e Arábia Saudita, que teriam sido excluídos por desrespeitarem os direitos humanos.

Ora, eles deveriam estar lá justamente por causa disso. Seria um bom momento para tentar enquadrá-los dentro das regras da Declaração Universal dos Direitos Humanos, documento que completa 73 anos nesta sexta, 10 de dezembro. Cabe aduzir que Paquistão e Filipinas também têm exatamente um histórico nada exemplar nessa questão e foram chamados a participar. Além dos ricos barrados, estão fora da lista do Mr. Biden: Venezuela, Nicarágua, Cuba, Bolívia, El Salvador, Honduras, Guatemala e Haiti.

O interessante é que, em relação à Venezuela, ele convidou o Juan Guaidó, líder da oposição e que decidiu não ir só. Está levando com ele as comandantes antigovernistas Berta Valle, da Nicarágua, Rosa María Payá, de Cuba. O Brasil está na lista de convidados.

Biden está na alça de mira do mundo. O seu mal ajambrado encontro transpira dois odores: o se não está comigo, está contra mim e o da distinção em dois grupos: o das democracias e o dos demais.

Ele promove isso num momento em que a própria democracia do seu país vive uma séria crise. Autoridades eleitas estão renunciando, ante a intolerância brutal e crescente nas instituições, indo de conselhos escolares, departamentos de polícia, a prefeituras. Sem se falar no que anda ocorrendo nos Estados, cujos parlamentos estão aprovando leis que limitam o acesso das pessoas às cédulas, tornando mais difícil a ida dos eleitores às urnas.

Vejo aí, também, uma desesperada tentativa de se tentar devolver a Tio Sam a estrela de Xerife do Mundo, estrela de prata e que virou lata, com falsa aparência, com falso brilho.

Que mal o aflige, Biden? Síndrome da China?

8 de dez. de 2021

Eleições 2022: Pesquisa Quest/Genial: Lula 46, Bolsonaro 23, Moro 10...

 No segundo turno, Bolsonaro perderia para Lula ou Moro ou Ciro 

Divulgada nesta quarta-feira, 8, a pesquisa Quest/Genial de intenção de voto para presidente, com as projeções em ambos os turnos. No primeiro, em um dos seus cenários, o ex-presidente Lula (PT) lidera com 46%, contra 23% do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL). Na terceira posição, Sérgio Moro (Podemos) aparece à frente de Ciro Gomes (PDT), com 10%; Ciro tem 5%. João Dória (PSDB-SP) aparece com 2% e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), com 1%. Confira.

1º turno

Esta é uma sondagem estimulada em quatro cenários, onde são mostradas cartelas com os nomes dos candidatos. Eis os números:

Cenário com Lula, Bolsonaro, Moro, Ciro, Doria, Pacheco e D’Avila

  • Lula: 46%

  • Bolsonaro: 23%

  • Moro: 10%

  • Ciro: 5%

  • Doria: 2%

  • Pacheco: 1%

  • D’Avila: 1%

Cenário com Lula, Bolsonaro, Moro e Ciro; sem Doria, Pacheco e D’Avila

  • Lula: 47%

  • Bolsonaro: 24%

  • Moro: 11%

  • Ciro: 7%

Cenário com Lula, Bolsonaro, Ciro e Pacheco; sem Moro, Doria e D’Avila

  • Lula: 48%

  • Bolsonaro: 27%

  • Ciro: 8%

  • Pacheco: 2%

Cenário com Lula, Bolsonaro, Ciro e Dória, sem Moro, Pacheco e D’Avila

  • Lula: 47%

  • Bolsonaro: 27%

  • Ciro: 7%

  • Doria: 5%

2º turno

Aqui a intenção de voto também é estimulada e avalia o “mano a mano” em sete cenários.  

Cenário com Lula e Bolsonaro

  • Lula: 55%

  • Bolsonaro: 31%

Cenário com Lula e Moro

  • Lula: 53%

  • Moro: 29%

Cenário com Lula e Ciro

  • Lula: 54%

  • Ciro: 21%

Cenário com Lula e Dória

  • Lula: 57%

  • Dória: 14%

Cenário com Lula e Pacheco

  • Lula: 58%

  • Pacheco: 13%

Cenário com Moro e Bolsonaro

  • Moro: 34%

  • Bolsonaro: 31%

Cenário com Ciro e Bolsonaro

  • Ciro: 39%

  • Bolsonaro: 34%

Aprovação do governo Bolsonaro

O presidente Bolsonaro conseguiu reduzir a queda na sua popularidade, com o aumento da aprovação do seu governo junto a dois públicos importantes: os mais pobres, que recebem até dois salários mínimos, e os evangélicos.

  • Negativo: 50%

  • Regular: 26%

  • Positivo:  21%

A sua reprovação tem índice mais alto na região Nordeste, onde 61% dos eleitores avaliam negativamente a sua gestão. As maiores aprovações estão nas regiões Sul e Centro-Oeste, com a avaliação positiva de 26% dos entrevistados.


Quo vadis

Alexandre Baldy e a pulga que incomoda

Goiás tem Bolsonaro na sua briga interna. Ele está ingerindo diretamente no processo eleitoral goiano, impondo situações que devem movimentar o panorama político estadual. O pivô da polêmica é o ex-deputado federal goiano Alexandre Baldy (PP-GO). 

Ex-secretário de Transportes Metropolitanos do Governo Dória, Baldy estava praticamente dentro da equipe econômica de Paulo Guedes - seria o interlocutor do ministro com o Congresso -, mas teve a sua nomeação vetada pelo presidente. Pensou-se que por causa do governador paulista, adversário de Bolsonaro nas urnas do ano que vem, mas não. O entrave é a ligação de Baldy com o governador Ronaldo Caiado, em cuja chapa de reeleição o ex-deputado quer figurar como candidato a senador.

Ocorre que Bolsonaro tem o seu candidato ao governo goiano - o deputado federal Vítor Hugo -, a quem virá apoiar, pessoalmente, na campanha. Os próprios dirigentes nacionais do PP teriam informado ser a ligação com Caiado, e não com Dória, a razão do veto e que Baldy, caso queira entrar na equipe de Guedes, teria que romper com o govenador goiano e se anunciar candidato ao Senado, na chapa de Vítor Hugo. Cabe a Baldy decidir pra onde vai. Aguardemos os próximos capítulos

Desdobrando a conversa, a posição manifestada pelo presidente já desmonta, também, a propalada versão de que Gustavo Mendanha, prefeito de Aparecida de Goiânia e que também pretende disputar o governo goiano, estaria "bolsonarizando". Por que iria ele para a ala do presidente, se este tem candidato próprio a governador? 

Na tela, os "Quo vadis" I e II. 

22 de nov. de 2021

Major em dia de Recruta Zero

Assisti a um vídeo recente do deputado estadual goiano Major Araújo. Dias atrás, em carro de som estacionado diante do Palácio Pedro Ludovico, sede do governo goiano, ele despejou impropérios contra o governador Ronaldo Caiado. Usou como pano de fundo a questão da remuneração e reivindicações dos policiais militares. Lembrou-me de quando, na escola, alguém lançava ofensas e desaforos em outro, culminando com o famoso "te pego lá fora". Pois é. Assim pareceu o ridículo quadro por ele encenado. Em seu logorréico e verborrágico discurso houve excesso de ofensas e falta de decoro. "Desça aqui,vagabundo. Desce aqui, Caiado vagabundo... Desce aqui, canalha... Você sempre diz: o bandido, ou muda de Estado ou muda de vida. Político vagabundo, também, ou muda de Estado ou muda de vida... Fora, Caiado... traidor, safado..." - um linguajar vulgar, chulo, comum aos palanquistas, um palavrório que satisfaz apenas a trupe. Caiado - e nenhum ser racional - jamais desceria para viver um bate-boca estéril, estúpido, grotesco. O major sabe do respeito que tenho por ele, mas não há como concordar com a sua infeliz postura. Um discurso sério constrói credibilidade e tem o respeito do opositor. Aí será conversa de gente grande, educada, comum aos seres urbanizados. Nesse infeliz (e caricato) episódio, o major não faltou com o respeito apenas ao governador, mas também a si próprio.

11 de set. de 2020

Mais de 60% dos catalanos aprovam o Governo Caiado

Caiado: 62,28% de aprovação em Catalão
Catalão aprova a administração de Ronaldo Caiado. A média da avaliação é de 62,28%. De acordo com os números levantados pela pesquisa Contato, 41,73% dos catalanos apontam o seu governo como bom; 41,10% acham que é regular: e apenas 17,16% disseram ser ruim.
Com um ano e meio de administração, assumindo um Estado quebrado, com a sua capacidade de endividamento esgotada e com a arrecadação reduzida por conta de excessiva renúncia fiscal, Ronaldo Caiado foi colocando a casa em ordem e tem três fortes pilares a dar forte suporte à sua administração: primeiro, baniu a corrupção, com a aplicação de programas austeros; segundo, simultaneamente, recuperou e ampliou a capacidade de atendimento da rede de saúde e, terceiro, também ao mesmo tempo, devolveu a segurança aos goianos, reduzindo acentuadamente os índices de violência no Estado.
Governador e médico, marcou e continua marcando pontos no comando da rede de enfrentamento à covid-19, e, hoje, Goiás é um dos Estados com um dos menores índices negativos nesta pandemia que assola o país.

BOLSONARO

Os catalanos também opinaram sobre a administração do presidente Jair Bolsonaro. Para 42,58% o seu governo é bom; para 30,08%, é regular. Outros 27,33% acham-no ruim. A média de aprovação do presidente é de 57,62%. A pesquisa Contato ouviu 472 eleitores

24 de mai. de 2020

Eleições 2020: Ouvidor exporta "laranja" para Catalão


Alô, amigos. Ouço, por aí, alguém falando em mudança. Alguém falando em cidade humana, cidade feliz, cidade de todos. Só pode ser alguém que não é daqui, alguém que não conhece a cidade, pois Catalão sempre foi humana e feliz. Sempre foi uma cidade de todos. Neste Goiás, lugar melhor não há para se viver. 

Vejo aí uma certeza: ter lema propondo o que a cidade já tem e já é, só pode ser gente de fora, gente que nunca votou aqui.

Este é um ano perigoso, onde sequer sabemos se a vida voltará ao normal. Nesse contexto de incertezas, mudar rumos é perigoso. Recomendável que continuemos em frente, e, para isso, a experiência do comandante do barco é indispensável, é fundamental.

Olho com desconfiança certas candidaturas, principalmente a de Elder Galdino, do MDB, onde o verdadeiro candidato é o irmão Onofre, que é prefeito de Ouvidor. Este, caso o irmão vença, será o prefeito de fato. E aí transferirá o título para cá e se lançará candidato a deputado estadual por Catalão. Esse seria o plano, o projeto. É a chamada Operação Cavalo de Tróia.     

É, amigos, nesta eleição - e está bem explícito isso - tem laranja emedebista no pedaço. A mudança que eles falam é de Ouvidor para cá. Querem vender gato por lebre, mas estão enganados, se pensam que o catalano é bobo. Aliás, bobo é quem pensa isso.

Sobre essa velha cantilena de mudança, o povo catalano já se decepcionou, em 2012, e sabe, muito bem, que não se troca de cavalos no meio da correnteza. E até porque a cidade já é humana, feliz e de todos.