18 de mai. de 2019

Tirem a internet do ar


O Brasil não é ingovernável. Falta governo. Falta política,  sobra politicalha. Há um duelo asnático entre governo e parlamento - culpa do primeiro, que não sabe "parlar", e do segundo, que só "parla" com a mão na grana do balcão, onde mercadejam  os seus votos.

Por discordar dessa conduta prostibular, o presidente tem colecionado "nãos". Só que já esteve lá e, ainda que no baixo clero, assistiu às danças do bolero "Toma lá, dá cá". Não se vê, alhures, rameiragem tão exigente e voraz quanto à do Castelo do Duplo Penico. Como ali não se aceita "mão-de-vaca" e nem se deita por cortesia, o nada cortês capitão continua do outro lado da rua.

Não bastasse, o que pediu sem pagar pode até sair, mas não com  o seu DNA e, sim, com o da "tranquibérnica" Casa. Traduzindo: todas as propostas do Governo serão copiadas in totum e, com adições e subtrações, apresentadas via substitutivos, com o Legislativo usurpando as prerrogativas do presidente, "governando" em seu lugar.

Enquanto isso, barco à deriva, o Executivo nada  executa. Governa via Twitter, cópia moderna do que fazia o bipolar Jânio Quadros, com os seus famosos bilhetinhos, e também mania de Getúlio Vargas, o populista que não gostava de povo. 

Há uma saída para o presidente trabalhar e os seus rebentos deixarem de ser incômodos: tirar a internet do ar. Aí, nem só o capitão trabalharia. O Brasil inteiro, também.

P.S. - A emenda que poderia prorrogar o mandato dos atuais prefeitos dificilmente será aprovada. É que há deputados e senadores sonhando em ser candidatos em suas cidades. Na derrota lá, voltariam à dolce vita no Congresso, paga com o suor do brasilino. Coisas do BBB - Big Bordel Brasil. É preciso acabar com a trampolinagem. Todo eleito é obrigado a cumprir mandato. Quer ser candidato a outra coisa, renuncie.

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