23 de mar. de 2019

Avisem ao Maia que o trabalho dignifica o homem

Moro e o Brasil têm pressa. Maia, não. Nenhuma
Ficamos todos atentos apenas aos erros da Corte (quem manda serem gritantes!), que não estamos nos atendo ao que está orbitando em torno do Brasil com urgência - e aqui cabe a atenção devida ao pacote anticrime do ministro Sérgio Moro. Uma ação prioritária para quem governa e deve respostas aos cidadãos não pode ficar ao sabor das dileções de presidente de Câmara de Deputados ou de quem quer que seja. Não porque seja lema do instalado, mas o Brasil está acima de tudo.

A violência campeia, a bandidagem migra país afora, molecotes vítimas das escolas virtuais de violência cometem barbáries contra próprios amigos de colégio, bandidos assaltam, matam, a droga impera e nós estamos presos em casa, pois o Estado tem se mostrado impotente perante o crime. Vivemos na pátria do medo.

Moro açoda Maia, porque este também é servidor público e este, ao se sentar sobre o que é de urgência, negligencia e mantém sob risco a incolumidade de quem tem o dever de bem representar. Demora injustificável. Havendo qualquer discrepância no pacote do ministro, que o Parlamento a corrija. Se a lei não é boa, que a melhorem. Estão lá para isso. O que não se aceita é crivo pessoal sobre o que pode ou deve ou não ter caráter de urgência.

É preciso sacudir o Parlamento. O país não pode ficar a reboque de vaidades, veleidades e de apegos ao poder. É obrigação do legislador prover o Estado de dispositivos que lhe permitam cuidar dos interesses dos seus cidadãos. 

Maia deveria ler sobre os maias e aprender que não se pode ter tudo sob controle, pois o mundo não depende só dele. Ah, e que nada é pessoal e que todos devemos fazer o máximo esforço, lutar até à exaustão, pois a causa é de todos. E que devemos ser impecáveis com as nossas próprias palavras, para haver coerência entre o que pensamos e o que dizemos.

Fica a lição. De graça.

P.S. - "A arrogância vem antes da queda". (provérbio alemão)