A indignação nas redes sociais |
6 a 5. Mataram a Lava Jato. Os bandidos da política estão exultantes, com certeza. Os crimes comuns ligados a Caixa 2 (corrupção e lavagem de dinheiro, entre eles) serão julgados, a partir de agora, pela Justiça Eleitoral - TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral), nos Estados.
Como nem lá e nem nos estaduais há estrutura e pessoal para fazer tudo dentro do que manda o processo penal, para a efetiva aplicação da lei, não nos assustemos com os resultados. Afinal, se nem o tribunal maior dá conta de resolver simples pendências (é uma fábrica de liminares, onde acusados conseguem "alvará temporário de impunidade"), imaginemos como ficarão as coisas cá embaixo.
A sessão desta quinta-feira, 14, do Supremo Tribunal Federal, veio mostrar, mais uma vez, que aquela Corte, tida como guardiã da nossa Constituição, é a primeira a violentá-la - exceptuemos alguns de seus membros, em alguns momentos.
A Justiça Eleitoral não tem estrutura para trabalho de tal calibre. Desaparelhada e falha. Barroso conhece a casa. É o vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral e, portanto, melhor do que ninguém, sabe o que diz:
"As estatísticas de condenação pela Justiça Eleitoral são pífias. Nós vamos transferir para essa estrutura inexistente a competência para enfrentar a criminalidade institucionalizada no Brasil, quando esteja associada a delitos eleitorais. Penso que não seja uma transformação para melhor". :
E conclui: "Quando uma das coisas que estão dando certo no Brasil, neste momento em que tanta coisa anda errada… vem o Supremo e muda, e passa para uma justiça (eleitoral), que não tem nenhuma expertise no tratamento de questões penais e menos ainda no enfrentamento criminal da corrupção".
As redes sociais mostram a indignação de um País contra o seu Judiciário. Perde força e respeito um poder que pune os seus juízes corruptos com aposentadoria compulsória e salário integral. Prêmio vitalício por ser desonesto.
Até quando?