23 de mar. de 2019
Embalos de sábado à noite
Os poderes em baixa. Vídeo mostra o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, citado em "molha bolso" com a OAS.
Em Porto Alegre, em praça pública, espetacular queima de bonecos representando os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal.
Avisem ao Maia que o trabalho dignifica o homem
Moro e o Brasil têm pressa. Maia, não. Nenhuma |
A violência campeia, a bandidagem migra país afora, molecotes vítimas das escolas virtuais de violência cometem barbáries contra próprios amigos de colégio, bandidos assaltam, matam, a droga impera e nós estamos presos em casa, pois o Estado tem se mostrado impotente perante o crime. Vivemos na pátria do medo.
Moro açoda Maia, porque este também é servidor público e este, ao se sentar sobre o que é de urgência, negligencia e mantém sob risco a incolumidade de quem tem o dever de bem representar. Demora injustificável. Havendo qualquer discrepância no pacote do ministro, que o Parlamento a corrija. Se a lei não é boa, que a melhorem. Estão lá para isso. O que não se aceita é crivo pessoal sobre o que pode ou deve ou não ter caráter de urgência.
É preciso sacudir o Parlamento. O país não pode ficar a reboque de vaidades, veleidades e de apegos ao poder. É obrigação do legislador prover o Estado de dispositivos que lhe permitam cuidar dos interesses dos seus cidadãos.
Maia deveria ler sobre os maias e aprender que não se pode ter tudo sob controle, pois o mundo não depende só dele. Ah, e que nada é pessoal e que todos devemos fazer o máximo esforço, lutar até à exaustão, pois a causa é de todos. E que devemos ser impecáveis com as nossas próprias palavras, para haver coerência entre o que pensamos e o que dizemos.
Fica a lição. De graça.
P.S. - "A arrogância vem antes da queda". (provérbio alemão)
A vaquinha eletrônica e o menino travesso
Um internauta muito espirituoso decidiu criar uma "vaquinha" virtual a fim de arrecadar dinheiro para a compra de um videogame para o filho do presidente Jair Bolsonaro e vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PSC). Iniciada nessa sexta-feira (22/3), a campanha já havia arrecadado, até a última atualização, às 16h, R$ 375. A meta é R$ 1 mil.
"Ajudem a reunirmos recursos para comprarmos um Playstation para o Carlos Bolsonaro. Assim, ele ocupa o tempo brincando e para de ficar postando coisas impertinentes nas redes sociais", diz o texto da campanha.
De acordo com o "cowboy", caso a meta seja atingida e Carlos não aceite o "presente", o valor arrecadado será doado à Santa Casa de Misericórdia do Rio.
A "vaquinha" surge um dia depois de Carlos, que tem 36 anos, causar um novo mal-estar entre o governo de seu pai, o presidente Jair Bolsonaro, e aliados. Na quinta-feira passada, o vereador publicou resposta do ministro Sérgio Moro à decisão do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, de deixar a apreciação do pacote anticrime em segundo plano.
P.S. - Ruim por ser do clã Bolsonaro, mas que Rodrigo Maia merece críticas, não há dúvida. O Brasil precisa da medida, corrigida, melhorada, sei lá, mas precisa.
O perigo de repetir o passado
Batalha na Guerra do Paraguai: matança encomendada |
A porta aberta aos estadunidenses, ainda que sem reciprocidade, atrai o turismo, mas não só de lá. Canadá, Japão e Austrália também gozarão do "mi casa, su casa", como diriam os irmãos mexicanos, tão duramente maltratados por El Capitán, em sua defesa do muro da vergonha.
Não se tem, ainda, a completa tradução do real conteúdo do "Pacto Donald" firmado com o nosso "presidente de honra" made in USA. O "imbróglio Venezuela", por tática de ambos os estrategos, está sendo tratado como segredo de Estado. Maduro está podre, mas querem derrubá-lo já. Seremos cabo de chicote, pelo que se depreende do servilismo em elevado grau, explícito e constrangedor.
A primeira vez que nos prestamos a tal calhordice se deu quando a Inglaterra financiou a Tríplice Aliança - Brasil, Argentina e Uruguai -, para destruir o Paraguai. Os britânicos, com a sua revolução industrial, abasteciam o ocidente, menos o sul da América, onde o Paraguai, governado por Solano López, era a grande potência econômica.
Como os nossos livros de história são omissos em grande parte dos fatos, contemos que os paraguaios tinham siderurgia, fundições, estaleiros, forte indústria têxtil, ferrovias etc. Abasteciam o Cone Sul. Financiados pelos ingleses, conluiados com argentinos e uruguaios, nós os destruímos. Esse Paraguai que aí está é culpa nossa.
Pauta Venezuela. Será que vamos nos prestar novamente ao papel de instrumento em prol de interesses de terceiros?
Presidente, resolvamos, primeiro, os nossos problemas, que são muitos. Acelere. O Brasil precisa que o senhor acerte. e tem pressa.
P.S. - O nosso capitão precisa domar os seus pitbulls. O Brasil não é o quintal de condomínio e muito menos game para filhinhos mal educados, que se acham acima de tudo e de todos, só porque papai é presidente. Dê um açaimo a cada.