23 de mar. de 2019

O perigo de repetir o passado

Batalha na Guerra do Paraguai: matança encomendada
O capitão precisa tomar cuidado com a mendacidade. Não cai bem, a quem se anunciou espetáculo de grandeza, se revelar, abertas as cortinas da realidade, ópera bufa. Do último domingo a hoje, em meio a alguns importantes acertos - vide o ajuste do Brasil nos mares da OCDE, a sua inclusão na OTAN (Organização do tratado do Atlântico Norte) -, o nosso presidente tem surfado em pantomimas, estultices e ejaculação de lorotas.

A porta aberta aos estadunidenses, ainda que sem reciprocidade, atrai o turismo, mas não só de lá. Canadá, Japão e Austrália também gozarão do "mi casa, su casa", como diriam os irmãos mexicanos, tão duramente maltratados por El Capitán, em sua defesa do muro da vergonha.

Não se tem, ainda, a completa tradução do real conteúdo do "Pacto Donald" firmado com o nosso "presidente de honra" made in USA. O "imbróglio Venezuela", por tática de ambos os estrategos, está sendo tratado como segredo de Estado. Maduro está podre, mas querem derrubá-lo já. Seremos cabo de chicote, pelo que se depreende do servilismo em elevado grau, explícito e constrangedor.

A primeira vez que nos prestamos a tal calhordice se deu quando a Inglaterra financiou a Tríplice Aliança - Brasil, Argentina e Uruguai -, para destruir o Paraguai. Os britânicos, com a sua revolução industrial, abasteciam o ocidente, menos o sul da América, onde o Paraguai, governado por Solano López, era a grande potência econômica.

Como os nossos livros de história são omissos em grande parte dos fatos, contemos que os paraguaios tinham siderurgia, fundições, estaleiros, forte indústria têxtil, ferrovias etc. Abasteciam o Cone Sul. Financiados pelos ingleses, conluiados com argentinos e uruguaios, nós os destruímos. Esse Paraguai que aí está é culpa nossa.

Pauta Venezuela. Será que vamos nos prestar novamente ao papel de instrumento em prol de interesses de terceiros? 


Presidente, resolvamos, primeiro, os nossos problemas, que são muitos. Acelere. O Brasil precisa que o senhor acerte. e tem pressa.

P.S. - O nosso capitão precisa domar os seus pitbulls. O Brasil não é o quintal de condomínio e muito menos game para filhinhos mal educados, que se acham acima de tudo e de todos, só porque papai é presidente. Dê um açaimo a cada.