1 de abr. de 2019

SOS - Orquestras jovens de Goiás pedem socorro!

Aqui o início da Orquestra Jovem de Itumbiara.
Ao fundo, o maestro Emanuel Ferreira e Professores

A segunda deveria começar com coisas boas, mas as tais andam escassas por esta terra brasilis. Aqui na pátria pequi, pasmem, estão desativando a Rede de Orquestras Jovens de Goiás. Isso não pode acontecer, mas, infelizmente, se comete este  inaceitável contrassenso. Lamentável.
Tendo a cidade de Itumbiara como núcleo pioneiro, este fantástico projeto começou a ser implantado em agosto de 2017, tornando-se referência para outros onze, sediados em Anápolis, Aparecida de Goiânia, Bela Vista, Caldas Novas, Catalão, Goiânia/Noroeste, Guapó, Jaraguá, Pirenópolis, Palmeiras de Goiás e Trindade.

Para quem não o conhece e pergunta o que é: este maravilhoso projeto da Rede, de forma gratuita, cuida da qualificação e capacitação  de crianças e jovens, com idade entre 8 e 18 anos, no campo da música. Aprendem a tocar os instrumentos musicais, cedidos pelo Governo do Estado, que também paga os regentes e professores, responsáveis pelo resultado final.  

Conversei com alguns prefeitos, todos empenhados em atender, dentro do que podem, as demandas de suas unidades, cedendo espaço físico, pessoal e material de limpeza, pagando contas de água e energia. Todos estão preocupados e vão apelar ao Governo para que mantenha as células vivas.

Não ser vê por aí nada similar a esta criação do maestro Eliseu Ferreira, que, utilizando a rede do ITEGO - escolas estaduais de educação profissional - promove o ensino profissionalizante de cada instrumento que compõe uma orquestra, formando músicos da puberdade à adolescência, além, também, da prática de Canto Coral. É a música adotando os meninos, ao invés das drogas ou da marginalidade.

Para que possam medir o tamanho e o alcance desta ópera fantástica, atualmente, trabalham na Rede cerca de 120 professores, ensinando música, na teoria e na prática, a 1 mil e 100 alunos, dos quais se exige apenas a faixa etária estabelecida (8 a 18 anos) e o comprovante de matrícula no ensino regular.

Infelizmente, este projeto está sendo desmontado gradativamente. Houve choro e tristeza quando, há dois meses, foram desativadas as orquestras de Bela Vista e Itumbiara. Indignação. E esta se fez maior, ainda, pois as de Jaraguá e Pirenópolis seguiram o mesmo caminho.

Inconformado, fui buscar respostas e explicações. Afinal, não se fecha escolas. Pelo contrário, quanto mais as tivermos, melhor. De acordo com as organizações sociais que administram os núcleos orquestrais, faltam recursos para a continuidade dos projetos e, assim, a desativação  da Rede de Orquestras Jovens de Goiás será inevitável. 

Será, sim, inaceitável. Fica, de público, um apelo ao governador, para que impeça esse desastre. Todos sabemos das dificuldades financeiras herdadas do antecessor, mas o Estado pode e deve buscar soluções - e por que não uma parceria público-privada? Faça-o por favor, em nome da arte, mas, acima de tudo, em nome das crianças e adolescentes. 

A orquestra do governo, in casu, não pode desafinar. Que sejam salvas as orquestras, antes que se fechem as cortinas e termine de vez o espetáculo. 


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Segue vídeo  que gostaríamos que todos os assistissem. Orquestras Jovens de Goiás, mais que ensinar, é construir. 

Aqui, os alunos do professor Júlio Luz, no COTEC de Caldas Novas. executam Ode à Alegria - a Sinfonia Número 9, de Beethoven. CLIQUEM NO LINK.

Orquestra Jovens Caldas Novas

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P.S. - Lobato dizia que "um país se faz com homens e livros". A alma se faz com amor e música.

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