Pelo balançar das redes sociais, o bloco dos capas pretas que se cuidem no decisum. O STF, antevejo, deve derrubar a sua própria jurisprudência e coibir o início de cumprimento de pena após a segunda instância. De sua vez, o STJ, atendendo à moção da defesa, pode aprovar a redução de pena do ex-presidente. Aí, ao invés da cobra, o sapo vai fumar.
Bolsomaia: o Brasil não pode ficar à mercê de arroubos e vaidades pueris |
Na esteira da semana, a boa notícia é a de que a reforma previdenciária começa a ser apreciada pela Comissão de Constituição e Justiça. A realidade nos mostra que o governo está a reboque dessa sua única proposta - e aí reside o erro do presidente, pois a vida do país carece, imediatamente, de outras ações. A economia está parada, os investimentos externos foram reduzidos, o dólar dispara (está a R$4,00) e o desemprego ultrapassa os 13 milhões de brasileiros.
A reforma da Previdência é necessária? É. Mas há pontos importantes a serem corrigidos, a começar pela idade mínima para se aposentar. Querer comparar a nossa expectativa de vida com a de países da Europa, que também fizeram tal reforma, é cálculo sem base. Aqui, a nossa média é 76 anos. Na Itália, por exemplo, 10 anos a mais.
Mas, o ponto mais importante da reforma: antes de ser promulgada, que a emenda seja submetida a um referendo. A mudança de regras mexe diretamente na vida dos cidadãos e eles devem ser ouvidos. Isso é democracia - na mais completa tradução do termo: governo em que o povo exerce a soberania.
Mobilização popular se faz necessária. Os nossos deputados e senadores, onde a maioria troca voto por benesses do governo, não têm legitimidade para decidir o que é do interesse de todos os brasileiros. O futuro de quem ralou na vida não pode ser mercadoria em balcão de negócios.
P.S. - A Rússia despejou soldados e armamentos em Caracas. Ação preventiva, depois das conversações de Trump com Bolsonaro, sobre possibilidade de intervenção no país vizinho. Há um barril de pólvora na nossa vizinhança.