18 de ago. de 2019

Ética, a falta dela e a falência do respeito


Ética. Do grego "ethos", significa caráter, disposição, costume, hábito. É sinônimo de moral (do latim, mos, mores). É conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, grupo social ou de uma sociedade. Ou ciência que estuda os juízos morais referentes à conduta humana.

Age com ética aquele de conduta limpa. Sem ela, aqueles que só enxergam a si mesmos como os melhores seres do mundo, quando, na verdade, são megalomaníacos (ou idiotas) ambulantes.

A ética no jornalismo, por exemplo, parece estar colocada de lado. Tudo tem sido publicado em todos os cantos, menos a verdade. Esta, falta. Sobram versões de interesse dos interesses inconfessos de jornais e/ou rádios e tevês (leia-se donos, principalmente). Não se ouve mais os dois lados. Um fala. O outro? "Tentamos ouvi-lo, deixamos recado no celular, não retornou". Jornalismo irresponsável.

Dias atrás, alguns desses aéticos, comentando a decisão de um grupo de advogados que deixou o "caso João de Deus", afirmaram que a desistência teria se dado por questões financeiras. Perguntei em que haviam se baseado para dizer tal coisa. A resposta que ouvi, em síntese, foi produto da "capacidade dedutiva" dos tais: "João tem dinheiro, está lascado, vamos tomar a grana dele". Lucubrações, achismo, no lugar do jornalismo.

Há, sabemos, alguns advogados dados a tal prática. Assim como há médicos movidos a dinheiro, juízes que vendem sentenças, jornalistas que agem não diferentes disso, etc. Só que a generalização é leviana e criminosa.

No caso do médium. Conheço o grupo capitaneado por Alberto Zacharias Toron. Do elenco, destaco o criminalista goiano, Alex Neder, um dos mais conceituados na área não só aqui no Estado, mas no país.

Éticos, não revelaram e jamais dirão por quais motivos deixaram o caso. Há uma relação confidencial entre entre o profissional e o constituinte, assim como há entre o (bom) jornalista e a fonte - o pacto do sigilo.

Um jornalista ético jamais perguntará a um advogado por que este deixou tal caso, assim como um advogado ético não irá pedir ao jornalista a quem esteja defendendo, qual foi a sua fonte em tal matéria. Razões levam a isso ou aquilo e a relação interessa tão somente às partes.

Na vida e na profissão que for, ser ético é honrar a si mesmo. Espelhos morais não faltam. Mirem-se nos bons exemplos. Neder é um deles.

P.S. - Nas palavras do presidente e na reação a elas há de tudo, menos ética, respeito. Prevalece o "quem fala o que quer, ouve o que não quer". Em ambos os lados. Pena.


Um comentário:

  1. Mais, um texto fabuloso do grande jornalista Luiz Carlos Bordini. Que Deus o abençoe, meu caro! Obrigado!

    ResponderExcluir

Deixe aqui o seu comentário.
Utilize a sua conta do Google ou o seu OpenID
Obrigado pela visita.