Câmpus central da UEG, Anápolis (Foto: Mantovani Fernandes) |
Em malversação de recursos públicos - e aqui não estamos falando dos gordos desvios de recursos do PRONATEC -, tais badecos promoveram a banalização do ensino superior, já tão combalido e rebaixado à condição de escola profissionalizante (pertinente apenas ao segundo grau).
Enquanto a Universidade de São Paulo, a conceituadíssima USP, tem apenas 12 câmpus, num Estado com 44 milhões de habitantes e 645 municípios, a UEG tem, num Estado com 246 municípios e 7 milhões de habitantes, nada mais nada menos, que 41, sendo 16 deles com apenas um ou dois cursos e com custos de direção iguais aos maiores.
Reitores, fazendo média política e usando a instituição para fins eleitorais e em benefício de governantes, criaram câmpus nas regiões de interesse, conquistando apoios de prefeitos e das respectivas populações e de municípios adjacentes. Explícita caça aos votos, com a falsa expansão da universidade.
A comunidade acadêmica pode até reagir às mudanças, mas elas são necessárias. O número de cursos não pode continuar esse cardápio de pizzaria. E o campi também tem que ser reduzido, com os câmpus de poucos cursos transformados em pólos dependentes dos maiores. E que os prefeitos entendam que os cursos não serão fechados. Apenas a UEG deixará de arcar com custos mais elevados que a estrutura exige. Mudar para corrigir e melhorar.
A UEG é dos goianos e não pode mais ser instrumento de ambições eleitorais.
P.S. - Ampla e ótima matéria sobre a UEG está na edição deste domingo, de O Popular. É preciso repensar a universidade goiana. Há 10 cursos que já não abrem mais vagas e outros de demanda mínima. Racionalizar é preciso. A estrutura é cara e é o cidadão goiano quem paga a conta.
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